quinta-feira, 28 de abril de 2011

Betta Splendens


 Betta Splendens
Como Reproduzir

O aquário
Você deve adquirir um aquário para reprodução de 10 litros aproximadamente, uma medida boa seria  35x15x20.
Um termostato, aquecedor, uma iluminação suficiente para iluminar os peixes e uma lâmpada  fluorescente de 20 w será o suficiente. O aquário não deve conter nenhum tipo de decoração nem substrato (cascalho de fundo), nem pedras, apenas equipamentos obrigatórios. Se preferir Coloque uma planta solta na superfície para que a fêmea possa se proteger da violência do macho. (mas é fundamental você colocar o aquário da fêmea ao lado do macho algumas vezes antes do acasalamento para que ele vá se acostumando com ela). Devemos preparar a água com anti-cloro, e com produtos importados, já encontrados no mercado, para prevenir fungos e parasitas.

O acasalamento
Existem varias maneiras de preparar um acasalamento, então vamos pelo método que mais da certo.
Devemos inserir antes o macho no aquário, logo após, inserimos no aquário a fêmea que deverá estar introduzida em um  vidro de maionese . Devemos deixar o vidro dentro da água do aquário de modo que o mesmo não flutue para não atrapalhar nem arrebentar o ninho que o macho começará a fazer após cortejar a fêmea. Para que o vidro fique complemente parado, a água do aquário deve ter uma altura de no máximo 10cm.

Após o cortejo do macho, ele deve começar a fazer o ninho que pode durar em torno de um dia.



Se tudo correr bem, após o macho construir por completo o ninho devemos soltar a fêmea com todo o cuidado; retire o vidro , retire a fêmea do vidro e solte-a no aquário com total cautela para não destruir o ninho. Este ponto é importante, aquaristas inexperientes se apavoram quando o macho começa  a bater, morder a fêmea, mas isso deve durar algum tempo e logo após, o acasalamento deve acontecer. Mas se o aquarista observar que ela esta sendo massacrada e corre perigo de vida deve retira-la do aquário e fazer novas tentativas, Nesta hora o macho "abraça" a fêmea, pressionando seu corpo, após alguns "abraços" a fêmea começará a soltar pequenos óvulos que serão fecundados pelo macho no mesmo ato. O macho recolhe os ovos um a um no fundo e os coloca no ninho (este é o motivo de não poder usar placas de fundo ou cascalho) O macho vai se encarregar de consertar o ninho ou de recolocar algum ovo que possa ter escapado. O acasalamento não deve durar mais que 24 horas estão à fêmea tem que ser retirada do aquário com a mão para não danificar o ninho.


Após aproximadamente 36 horas acontecerá  a eclosão.
Os alevinos se alimentaram do saco vitelino ainda com os cuidados do pai, vão ficar grudados pôr toda a parte. Após este período, quando os alevinos tomarem uma postura vertical e de livre natação, que deve ser no terceiro dia, retiramos imediatamente o macho, pois este pode sentir uma imensa vontade de se alimentar de seus próprios filhotes. Devemos ligar uma pedra porosa para oxigenar a água, já que os alevinos ainda não têm a capacidade de respirar o ar atmosférico, pois  não tem em formação o labirinto que os dá esse privilégio.

Os Primeiros 20 dias
Neste período devemos SEMPRE manter o aquário tampado para que a temperatura do ar que esteja dentro do aquário seja igual  a da água, pois neste período os filhotes começam a formar o Labirinto e podem fazer tentativas de respirar o ar que está fora da água, se esta estivar fria pode ser fatal aos filhotes.
A alimentação
Devemos inserir no aquário náuplios de artemias , 3 vezes ao dia , pôr toda a parte do aquário em quantidades pequenas, os alevinos de Bettas são muito vagarosos. Após dois meses, estão prontos para alimentar-se de ração, antes disso devemos sempre alimenta-los com náuplios de artemias.





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Como alimentar seu betta

Você deve ter muito cuidado com a alimentação! A quantidade que o betta come varia muito, então você deve alimentá-lo com uma quantidade que seja consumida em 3 minutos. Assim você evita o desperdício de ração e poluição da água.
Pequenas quantidades duas ou três vezes no dia é o suficiente.
Normalmente são vendidas as rações de bolinhas para betta “Muito Cuidado!” essas bolinhas são de difícil digestão para eles causando problemas no intestino.
Procure rações em flocos de marcas confiáveis como Tetra e Será. A Tetra tem uma ótima ração pra betta chamada bettamin. Outra coisa que é importante na alimentação do seu betta é fornecer alimentos vivos pelo menos 1 (uma) vez por semana, eles adoram e ajuda na nutrição e coloração, você pode comprar artêmia salinas em boas lojas de aquários. Artêmia salina são pequenos crustáceos que seu betta vai adorar. E pode dar também larvas de pernilongo.
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Habitat
Um Betta bem cuidado vive tipicamente 3-4 anos em aquário. Os Bettas podem ser criados em aquários com no mínimo 2 litros, embora certamente vivam muito melhor em aquários não tão pequenos, tipo 20-40 litros. Cascalho fino ou areia (não a de praia!) e muitas plantas (como elódeas, cabombas, rabo de raposa, musgo de Java e etc) são ideais. Lembre-se que o objetivo é manter de forma adequada os Bettas e não as plantas, desta forma, procurem plantas que tenham uma maior resistência e suas necessidades não sejam de difícil manutenção, pois fatalmente elas irão morrer e ao menor sinal de apodrecimento deverão ser retiradas e repostas, para que não poluam a água rapidamente. O pH pode ser neutro ou ligeiramente alcalino, a temperatura deve estar entre 25 e 28°C (use pequenos aquecedores próprios para "beteiras") e um termômetro para saber a temperatura constantemente. Oscilações de temperaturas ou quedas bruscas de pH podem gerar mal estar súbito no animal e causar anomalias como Íctio e outras doenças.


Escrito por Vitor

Como Eclodir e Criar Artêmias


Como Eclodir e Criar Artêmias

 

Tendo visto muitas cartas sobre como criar camarão de água salgada, eu decidi criar um FAQ sobre a cultura de artêmia. Esta não é, de modo algum, a fonte definitiva, e será expandida à medida que eu for colhendo informações. Eu reuni essas informações com base em vários livros, publicações e em minha própria experiência em criar esses “sujeitos”. Existe uma abundância de informações lá fora, que eu não incluí neste FAQ, visto não fazerem parte do nosso objetivo de criar essa pequena “criatura”. De qualquer modo, aqui está, espero que você o ache útil.
O que este FAQ contém?
  1. Descrição Geral
  2. Requisitos para o cultivo
  3. Colheita
  4. Alimentação
  5. Artêmias adultas
  6. Manutenção
  7. Localização de pequenos problemas
  8. Armazenamento
  9. Descapsulando cistos
1. Descrição Geral
O camarão de água salgada (artêmia), pertence ao filo Arthropoda e à classe dos crustáceos. Artêmias são zooplanctons como Copepoda e Dáfnia, os quais também são usados como alimento vivo em aquários. O ciclo da artêmia começa através de cistos hibernantes encubados ("ovos"), que são embriões enclausurados metabolicamente inativos. Os cistos podem permanecer adormecidos por muitos anos, desde que sejam mantidos secos e livres de oxigênio. A melhor forma de armazenarmos cistos de artêmia é em recipientes hermeticamente selados, em um ambiente frio e seco e se possível no vácuo. O refrigerador é geralmente o melhor lugar.
Quando os cistos são devolvidos à água salgada, eles se reidratam e reassumem o desenvolvimento. Depois de 15 ou 20 horas, a uma temperatura de 25°C, os cistos se rompem e o embrião abandona a carapaça. Por algumas horas, o embrião fica preso abaixo da casca do cisto ainda envolvido em uma membrana. Esse estágio é chamado de “guarda-chuva”. Durante esse estágio, o náuplio completa seu desenvolvimento e emerge como um livre nadador. Em seu primeiro estágio larval, o náuplio é de cor laranja castanho devido à sua reserva de alimento. A artêmia recém eclodida não se alimenta, porque sua boca e ânus não estão totalmente desenvolvidos. Aproximadamente 12 horas após a eclosão, eles assumem o segundo estágio larval e começam a se alimentar de partículas de microalgas, bactérias e detritos. Os náuplios irão crescer e passar por 15 mutações antes de atingir a fase adulta em no mínimo 8 dias.
A artêmia adulta mede em média 8 mm de comprimento mas pode atingir 20 mm em condições ideais. É 20 vezes maior e possui 500 vezes mais biomassa do que quando é um náuplio. Em baixa salinidade e níveis de alimentos favoráveis, as fêmeas fertilizadas normalmente produzem náuplios que já nadam livremente numa taxa de até 75 náuplios por dia. Elas irão produzir em média de 10 a 15 ninhadas durante os seus 50 dias de vida. Em condições propícias, uma artêmia adulta pode viver até 3 meses e produzir até 300 náuplios ou cistos a cada 4 dias. A produção de cistos é induzida pelas condições de salinidade alta, escassez de alimento e/ou baixa oxigenação (menor que 2 mg/L).
Os adultos podem tolerar breve exposição a temperaturas tão extremas quanto 18°C e 40ºC, sendo que a temperatura ideal para o cultivo é de 25°C a 30°C, mas existem diferenças de uma região para outra. As condições ideais para a Baía de São Francisco é de 22ºC, contra 30°C para a artêmia do Great Salt Lake. O camarão de água salgada (como é conhecida em muitas regiões) prefere uma salinidade entre 30-35 ppt (densidade entre 1.020 e 1.025) e pode viver em água doce por aproximadamente 5 horas. Deve-se tomar cuidado para não superalimentar o aquário de água doce, pois após morrer, a artêmia se decompõe muito rapidamente. Muitos peixes de água doce toleram e até mesmo prosperam em água salobra (1-5 ppt) o que torna possível o acréscimo de sal na água do aquário e prolongando assim, se necessário, a sobrevivência das artêmias.
Outras variáveis de grande importância são: pH, luz e oxigênio. Um pH por volta de 8,0 é melhor. pH menor que 5,0 e maior que 10,0 matará a cultura. O pH pode ser aumentado com bicarbonato de sódio e diminuído com ácido clorídrico bem diluído. Uma boa iluminação será necessária para a criação, uma lâmpada normal tipo growlight, dessas disponíveis em lojas de aquário é adequada. O mais importante é o nível de oxigênio na água. Com um bom fornecimento de oxigênio, as artêmias assumem uma cor rosa pálido ou amarelo, ou se forem alimentadas intensamente com algas, serão verdes. Nessas condições ideais, o crescimento e a reprodução serão rápidos e será possível um fornecimento auto-suficiente de artêmias. Se houver um nível baixo de oxigênio na água com excesso de matéria orgânica, ou uma salinidade alta devido à evaporação natural, as artêmias irão se alimentar de bactérias, detritos e células fermentadas, mas nenhuma alga. Sob essas condições, elas produzirão hemoglobina e apresentarão uma a cor vermelha ou laranja. Se essa condição persistir, elas começarão a produzir cistos e a colônia poderá falir. É muito importante ter um fornecimento de ar vigoroso no tanque por dois motivos: Primeiro, para manter o alimento disponível em suspensão, onde ele será filtrado pelas artêmias, e segundo, para promover a boa oxigenação do sistema. [Início]
2. Requisitos para o cultivo
As condições favoráveis para o cultivo de artêmia são: Temperatura de 25°C, densidade de 1.030, aeração forte e contínua, iluminação constante de 2000 Lux e pH 8,0. A boa circulação é essencial para manter os cistos em suspensão. Um recipiente em forma de V seria o ideal mas duas garrafas de 1 litro funcionam muito bem. O melhor que encontrei foram colunas de separação encontradas em qualquer fornecedor para laboratório mas, infelizmente, são muito caras. Cole uma válvula na tampa da garrafa (pode ser registro usado em compressores) e inverta a garrafa. Dessa forma cistos não eclodidos, carapaças vazias e náuplios poderão ser separados mais facilmente. Outra idéia que eu recomendaria, que foi dada por Ken Cunningham, é a de usar garrafas de cerveja. Algumas das quais possuem um ponto cônico na parte inferior. Ken coloca três ou quatro delas em um recipiente de 40 litros e as aquece pelo método de “banho Maria”. Coloca tubos de ar rígidos dentro delas, sem pedra porosa, e os conecta através de mangueiras flexíveis a um distribuidor múltiplo. Temperatura de 27°C e luz brilhante o tempo todo. Em cada garrafa coloca-se ½ colher de chá de sal, ½ ou ¼ de cistos e deixa borbulhando por 24 horas. Para colher os náuplios, desconecte a mangueira flexível, deixe o tubo rígido dentro da garrafa e tire a garrafa de dentro do “banho maria”. Deixe a garrafa no escuro por 10 minutos e então sifone as artêmias usando uma mangueira de aquário, para um recipiente contendo água doce, para enxaguar. Usando as garrafas em rotatividade, é possível ter artêmias recém eclodidas a toda hora.
Existem vários métodos para se eclodir cistos de artêmia. Uma vez que você tente algum método próprio para tentar eclodir os cistos, provavelmente seu resultado será tão bom quanto ao de qualquer outro método já utilizado. Não tenha medo de experimentar! A porcentagem de cistos eclodidos está diretamente ligada à qualidade da água, circulação e origem dos cistos. Recipientes com fundos planos possuem áreas mortas (sem circulação de água) não sendo indicados para se conseguir altas taxas de cistos eclodidos. Existem de 200.000 a 300.000 náuplios por grama de cistos, deste modo, ½ colher de chá em dois litros de água é mais que o suficiente para se manter um aquário tropical. Com a instalação de duas ou mais garrafas, uma começando em um dia e outra noutro, você poderá ter um fornecimento contínuo de náuplios recém eclodidos para aquele aquário de recifes. Esse é o método que costumávamos usar quando eu trabalhava na Scripps Aquarium. [Início]
 
3. Colheita
Para colher os náuplios, basta desligar o ar ou retirar a pedra porosa de dentro do recipiente e deixar assentar por 10 minutos. Os náuplios recém eclodidos vão se concentrar logo acima dos cistos não eclodidos que se encontrarão no fundo do recipiente. Visto que os náuplios recém nascidos são atraídos pela luz, direcionando uma lanterna no centro do recipiente você irá concentra-los onde será mais fácil sifoná-los. Você poderá também drenar os cistos que estão no fundo usando a válvula que você instalou e depois drenar os náuplios para outro recipiente. Os cistos não eclodidos não deverão ser jogados fora, pois poderão ser utilizados em uma próxima cultura, visto que parte deles ainda poderão eclodir. [Início]
4. Alimentação
Visto que as artêmias possuem filtros não seletivos (não escolhem o que retiram da água), uma ampla variedade de alimentos têm sido usada com sucesso. O critério para se escolher o tipo de comida é baseado no tamanho da partícula, digestibilidade e solubilidade (leite em pó não funciona). Os alimentos mais utilizados incluem microalgas, tais como nanochloropsis e uma ampla variedade de alimento inerte, o que é mais prático para nós aquaristas. Deve-se tomar cuidado para não superalimentar o tanque. Entre os alimentos inertes usados estão fermentos, tanto ativos como inativos (os fornecedores para cervejarias são a melhor fonte; o fermento de padaria é muito caro!), pó de arroz, farinha de trigo, farinha de soja, farinha de peixe, gema de ovo, fígado homogeneizado e soro de leite. Eu nunca utilizei os últimos quatro. Microalgas secas tal como spirulina também tem sido usadas com sucesso e podem ser encontradas em lojas de produtos naturais, mas são um pouco caras.
Uma maneira simples de se medir a quantidade de comida que colocamos no tanque é observar a transparência da água. Isso é feito com um bastão graduado em centímetros com um disco branco e preto preso em uma das extremidades. Introduza o bastão no tanque com o disco voltado para baixo. A profundidade onde o contraste entre o branco e o preto desaparecem mede a intensidade de luz que penetra dentro do tanque. Quanto mais partículas estiverem em suspensão na água, menor será a transparência ou visibilidade. Com uma densidade de 5000 náuplios por litro, a transparência deverá ser de 15 a 20 cm na primeira semana e de 20 a 25 cm nas seguintes. Sem dúvida seria melhor se mantivéssemos uma quantidade ideal de alimento o tempo todo, dessa forma uma alimentação freqüente ou um gotejando contínuo seria fundamental para um crescimento ideal. O alimento não é consumido diretamente, é transferido para a boca em forma de pacotes. O espaço entre as pernas de uma artêmia alarga-se à medida em que as pernas se movem para a frente. A água é sugada para dentro dele e pequenos filtros capilares coletam as partículas, inclusive alimento, do fluxo entrante. Quando retorna, a água é expulsa e a comida é retida na abertura. Essa abertura possui glândulas que secretam material adesivo que aglomera a comida em bolinhas e então os capilares levam essas bolinhas em direção à boca. O tamanho ideal do alimento deve estar entre 50-60 mícrons. [Início]
5. Artêmias adultas
Quando alimentamos peixes grandes ou invertebrados, a artêmia adulta é preferida ao invés do náuplio. Por ser 20 vezes mais pesada que o náuplio, a artêmia fornece mais alimento. Existe um mito de que a artêmia adulta não é tão boa para o peixe quanto o náuplio, mas embora haja um pouquinho de verdade nisso, isso vai depender do que ou de quem você estiver alimentando. As artêmias recém eclodidas são ricas em gordura, cerca de 23% de seu peso seco. No estágio juvenil este índice cai para aproximadamente 16% e quando são quase adultas, esse índice cai para mais ou menos 7%. Por outro lado, as proteínas aumentam para substituir a gordura perdida nesta fase, passando de 16%, em uma artêmia recém eclodida, para 63% em uma artêmia adulta. Baseado nisso você deverá determinar o que é melhor para o seu peixe. Os alevinos precisam de uma taxa alta de gordura para crescerem saudáveis, enquanto que os adultos e os mais velhos necessitam de proteínas para se manter saudáveis e para a reprodução. Além disso, os náuplios são conhecidos por terem deficiência em vários aminoácidos essenciais, enquanto a artêmia adulta é rica em todos os aminoácidos essenciais, portanto, a artêmia adulta provê mais biomassa e é mais completa nutricionalmente do que o náuplio.
O melhor modo de cultivar artêmias adultas é conseguir um aquário de 40-80 litros. Pegue uma folha fina de fórmica e coloque no fundo do aquário criando um fundo oval. Isso é feito para eliminar as áreas mortas já mencionadas e melhorar a circulação da água. Cole todas as bordas com silicone. A circulação pode ser aumentada colando-se uma divisão no meio do tanque. Melhores taxas são obtidas com a boa circulação de alimento, distribuição dos cistos e forte aeração. O próximo passo é o mais difícil de se descrever sem desenhos. Você precisará fazer 6 ou 8 tubos de ar, dependendo do tamanho do aquário, que ficarão em pé dentro do aquário. São tubos simples, de 1 polegada em PVC, cortados a 45º na parte inferior com um cotovelo de 90º na parte superior. O nível da água deverá alcançar até a metade do cotovelo com a parte inferior do tubo tocando o fundo do aquário. Fure a parte do cotovelo de cima para baixo de modo que você possa colocar uma mangueira de ar até o fundo. Cole os tubos no centro do aquário de modo que os cotovelos de 90º fiquem todos na mesma direção a um ângulo de 45º ao divisor. Você criou então um mecanismo que movimentará constantemente a água em sentido horário ou anti-horário. Aqui é onde eu devo trazer à tona o assunto da aeração. Resista à tentação de usar aquelas pedras porosas de madeira para aumentar a taxa de aeração, pois embora elas produzam belas bolhinhas e criem uma excelente circulação de água, estas mesmas bolhinhas poderão acabar com as artêmias. Isso porque as bolhas podem alojar-se em seus apêndices de natação ou até mesmo ser ingeridas pelas artêmias, fazendo com que elas flutuem, impossibilitando-as de se alimentarem e por fim levando-as à morte.
Quando se tratar de produção em pequena escala, a filtração não se faz necessária visto que não se tem grandes problemas quanto à qualidade da água. Caso se sinta tentado a realizar a filtração, isso exigirá que a água transborde através de uma telinha para um reservatório ou para um cartucho de filtragem. A aeração moderada com pedras porosas (que soltam bolhas grossas) ou nenhuma, boa qualidade da água e limpeza são fatores importantíssimos para se obter altas taxas de artêmias adultas. Visto que as artêmias se alimentam constantemente, um crescimento mais rápido e melhor será alcançado se forem alimentadas várias vezes ao dia ou continuamente. Melhores taxas de crescimento também são alcançadas a uma temperatura de 25-30ºC, densidade entre 1.025-1.030 e baixa luminosidade. Lembre-se que as artêmias são atraídas pela luz forte, portanto se você instalar aquela lâmpada de halóide de 175 W que você retirou de um aquário de recifes, os pequenos malandrinhos irão aumentar as suas atividades natatórias, desperdiçando energia e diminuindo assim a taxa de crescimento. Em baixa luminosidade as artêmias irão se espalhar por toda a coluna de água, nadando vagarosamente e alcançando uma conservação de alimento mais eficiente. [Início]
6. Manutenção
Por se tratar de um volume muito pequeno, a qualidade da água pode deteriorar-se muito rapidamente quanto ao aumento de biomassas. O problema acontece normalmente devido à superalimentação, o que leva a um baixo nível de oxigenação. Existe uma linha muito fina entre a alimentação ideal e o extermínio do nosso tanque, especialmente quando usamos alimentos inertes. Para superar este problema você precisa cuidar do seu tanque dando a ele a mesma atenção dada ao seu aquário. Eis o que você deve fazer: Limpe o fundo a cada 2 dias. Para isso desligue o ar, deixe o tanque repousar e use novamente aquela lanterna (funciona melhor à noite). Agora sabemos o que nossos amiguinhos irão fazer. Enquanto isso sifone a sujeira do fundo do tanque. Lembre-se que eles irão “mudar de roupa” 15 vezes até se tornarem adultos. É aconselhável que se troque 20% de água por semana. [Início]
7. Pequenos problemas
“Minhas artêmias eclodem e em seguida morrem”. As causas podem ser várias: A aeração é insuficiente levando-as à asfixia, você não resistiu à tentação e usou aquela pedra porosa de madeira que eu falei para você não usar, ou elas morreram por falta de alimento. O estado de saúde pode ser checado por se observar como elas nadam. Ilumine o tanque com uma lanterna para que elas se concentrem rapidamente no foco de luz, se isso acontecer é um bom sinal. No entanto, natação dispersada e lenta indicam que as coisas estão indo para o brejo. Se você tiver acesso a um microscópio, poderá observar seus aparelhos digestivos, que deverão estar cheios de comida, (supondo que você as tenha alimentado, é claro). Se os apêndices de natação e a boca estiverem limpos é um bom sinal, mas se estiverem cobertos por partículas, isso é ruim. Isso pode ocorrer devido à má procedência da comida ou devido à condição fisiológica das artêmias. Uma outra razão sugerida é que pode ter ocorrido uma infecção por vírus, mas muito pouco se sabe a esse respeito e seria impossível para nós aquaristas confirmar se isso aconteceu. Veja a seção de desencapsulamento no final desse FAQ. Crescimento lento - A temperatura está muito baixa, o pH está fora, a salinidade está fora, a comida é inadequada ou perdeu a qualidade. [Início]
8. Armazenamento de artêmia
As artêmias podem ser armazenadas de diversas maneiras. Uma artêmia adulta sobrevive por muitos dias no refrigerador. Caso opte por refrigerá-las, não se esqueça de aquecê-las e dar-lhes a última refeição antes de você alimentar seus peixes. Isso irá restaurar suas qualidades nutricionais, afinal elas estiveram famintas durante alguns dias. Você poderá também congelar os náuplios, mas isso irá matá-los. Uma forminha de gelo funciona perfeitamente. Utilize água salgada (7-8 ppt) para congelá-los e obter melhores resultados. O congelamento é muito prático, pois tudo o que tem a fazer é jogar um cubinho de artêmias no aquário e você terá um excelente fornecimento de comida que durará um bom tempo. Você deve tomar cuidado para não superalimentar o aquário, pois as artêmias afundam e se decompõem rapidamente comprometendo a qualidade da água. [Início]
9. Descapsulando cistos
Tendo sido interrogado várias vezes de como e por que isso é feito, eu decidi adicionar esse procedimento no fim deste FAQ. Este é um processo complicado e poucas pessoas escolherão executá-lo. Separar os náuplios de suas cascas pode ser desejável por muitas razões. As cascas dos cistos são indigestas e podem se hospedar no intestino de predadores causando obstruções fatais. Especulações apontam as cascas como sendo forte fonte de contaminação bacteriana. Acredita-se que o conteúdo nutricional do náuplio descapsulado é maior porque ele não precisa gastar energia para quebrar a casca e sair dos cistos. Também a taxa de eclosão aumenta e por fim, os cistos recém descapsulados podem ser servidos a filhotes pequenos demais para se alimentar de náuplios. Durante tantos anos lidando com esses sujeitinhos, eu nunca ouvi falar em alguém que tivesse tido problemas com qualquer uma das duas primeiras razões. Certamente poucas lojas de aqüicultura se aventuram a enfrentar a dificuldade de descapsular artêmias. A descapsulação se divide em quatro etapas:
  • Re-hidratar os cistos;
  • Lidar com a solução para descapsulamento;
  • Desativar o cloro residual;
  • Cultivar os embriões.
Os cistos, quando secos, têm uma pequena cavidade em suas cascas dificultando assim removê-las por completo. Por essa razão, eles são primeiramente re-hidratados para assumir uma forma esférica. Os cistos devem ser re-hidratados em água doce mole ou destilada a uma temperatura de 25ºC por 60 a 90 minutos. Quanto mais baixa a temperatura, maior o tempo para re-hidratá-los. Mas nunca os deixe por mais de 2 horas na água, não importa qual a temperatura, pois após esse período alguns dos cistos terão reiniciado seus metabolismos e não sobreviverão ao processo de descapsulamento. A re-hidratação deverá ser feita no mesmo recipiente usado para cultivar cistos pelos mesmos motivos de circulação e aeração. Após a re-hidratação, os cistos deverão ser filtrados com uma telinha de 100-125 mícrons e enxaguados, mas essa etapa poderá estar perdida se você não possuir a telinha! O melhor é descapsulá-los imediatamente, mas se for necessário os cistos poderão ser refrigerados por várias horas.
Durante o processo de re-hidratação, você precisará preparar uma solução de cloro. Qualquer alvejante doméstico ou cloro em pó para piscina misturado com água salgada serve. Como pré-requisito para descapsulação, os cistos deverão ser colocados em uma solução pré-resfriada a 4ºC com um pH 10, consistindo em 0,33 ml de Hidróxido de Sódio (NaOH) e 4,67 ml de água do mar por grama de cistos (você provavelmente vai gastar um bom tempo tentando encontrar NaOH puro). A solução é preparada dissolvendo-se 40 g de NaOH em 60 ml de água doce. A descapsulação ocorrerá quando você acrescentar 10 ml de alvejante na solução. Você precisará de um termômetro porque a solução irá liberar calor. É importante manter a solução entre 20-30ºC. Se começarmos com a solução pré-resfriada, fica muito mais fácil manter a temperatura dentro do limite. Se necessário, um cubo de gelo poderá ser utilizado para ajudar a baixar a temperatura. Uma segunda forma de descapsulamento é adicionar 0,70 gramas de Cloro em pó seco usado em piscinas por grama de cistos. Nesse caso a solução será de 0,68 gramas de Carbonato de Sódio em 13,5 ml de água. Fica mais fácil se você dividir a quantidade de água em duas partes, adicionando Carbonato de Sódio na primeira e Cloro na segunda. Deixe que dissolvam e reajam, o que causará um precipitado. Refrigere as duas soluções, misture e então adicione os cistos. Durante a descapsulação, mexa a solução continuamente para minimizar a formação de espuma e para dissipar o calor.
Note que a cor da solução mudará de marrom escuro para cinza, depois branca e então para um laranja claro. Essa reação leva normalmente de 2 a 4 minutos. Com o Hipoclorito de Cálcio, os cistos mudarão apenas para o cinza e levará cerca de 4 a 7 minutos. Os cistos deverão ser retirados depressa da solução, logo depois que as membranas dissolverem, conforme indicado pela cor laranja claro ou cinza, caso contrário você simplesmente dissolverá o cisto inteiro em vez de só a casca exterior. O Cloro deve ser removido em água doce ou salgada até eliminar totalmente o odor de Cloro. O Cloro residual prende-se nos cistos e precisa ser neutralizado. Isso é feito lavando-se os cistos em Tiossulfato de Sódio a 0,1% (0,1 grama em 99,9 gramas de água) por um minuto. Como método alternativo usa-se Ácido Acético (1 parte 5% de vinagre para 7 partes de água). O primeiro método funciona melhor, porém o segundo é mais fácil visto que os materiais podem ser encontrados em qualquer cozinha. Os cistos são então lavados novamente com água doce ou salgada e colocados no tanque de cultivo e cultivados como artêmia comum.
Os cistos recém-descapsulados poderão ser guardados na geladeira por no máximo 7 dias e então serem cultivados. Para um armazenamento mais prolongado, os cistos precisarão ser desidratados. A desidratação de cistos descapsulados é feita transferindo-se um grama de cistos descapsulados para uma solução de sal saturado, de 330 gramas de sal para 1 litro de água. Areje isso usando uma mangueira de ar por 18 horas, trocando a solução a cada 2 horas. A água contida nos cistos será liberada através de osmose, deste modo é importante manter a concentração de sal bem alta. Após 18 horas, os cistos terão perdido 80% da água de suas células. Interrompa o fluxo de ar e deixe tudo assentar, depois filtre os cistos. Estes cistos poderão então ser colocados em um recipiente com água e sal, hermeticamente fechado, e guardado no freezer ou geladeira. Cistos com 16 a 20% de água nas células poderão ser guardados por alguns meses sem queda na taxa de eclosão. Para um armazenamento mais prolongado, você deverá reduzir essa taxa de água para menos de 10%. [Início

terça-feira, 26 de abril de 2011

Filtro canister FVM com pote de R$ 1,99.

Material utilizado:
2 Prensa cabo maiores (acho que ½ polegada)
1 Prensa cabo menor - um pouco maior que o fio da bomba (não achei menor)
1 bomba de 280l hora
1 pote de R$ 1,99 da marca “stoklar” para spaguetti com capacidade de 2,4 litros
2 metros de mangueira
500g de anéis de cerâmica
Perlon
Fita “veda rosca”
Cotovelo de plástico
Mangueira mais grossa p/ encaixe
Pedaço de cano para apoiar a bomba

O que realmente gastei foi:
R$ 25,00 – Bomba
R$ 13,00 – Cerâmica
R$ 1,99 – pote
R$ 2,00 – mangueiras
R$ 9,00 – 3 prensa cabo

E eu chuto que com mais uns R$ 10 compraria o resto
Então meu projeto saiu por aproximadamente R$ 65,00 chutando alto!

As fotos com os comentários falam por si na montagem:

O filtro funcionando!
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Caixa da cerâmica, ainda com preço
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Cerâmica depois de bem lavada (solta muito pó!)
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No prensa cabo do fio, tive que passar veda rosca pois estava muito fino
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Bomba dentro do pote, apoiada em um pedaço de cano (p/ não tampar a entrada de água)
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Detalhe do pedaço de cano
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Colocando a cerâmica
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Colocando a cerâmica
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Detalhe da entrada de água sem risco de "entupir"
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Já com os 500g de cerâmica
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Com o perlon (pouco mesmo, quero ver como fica!)
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Vedação com fita veda rosca (será que vai dar certo?)
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Olhando de cima, com a mangueira de entrada no lugar
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Cotovelo para jogar água para cima e mangueira mais grossa para encaixe
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Cotovelo no lugar
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Olhando de lado
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Tampa no lugar, ainda sem água!
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Já com água e cotovelo fazendo bem o seu serviço de espalhar a água!
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Vista lateral do filtro em funcionamento
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Tirei essa foto p/ ter uma noção de tamanho do filtro!
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O que acharam?
Aguardo comentários, idéias e críticas! Fiquem a vontade!

Thiago Borges

Filtro Aquário Canister DIY - PVC

Este filtro é um canister de PVC o qual talvez não tenha muita diferença em relação a outros projetos aqui já postados, mas resolvi adicionar alguns detalhes para facilitar na manutenção e limpeza do mesmo.
 Relação de Materiais:

- 0,80m de Tubo PVC Esg 100mm
- 0,25m de Tubo PVC Marrom 25mm
- 0,25m de Tubo PVC Marrom 20mm
- 02 Cap's de PVC Esg
- 01 Luva Simples PVC Esg
- 02 Nipels de PVC 1/2"
- 02 Adaptadores de PVC Marrom 20mm x 1/2"
- 03 Luvas de PVC Marrom 25mm
- 01 Adaptador de PVC Marrom 25mm x 3/4"
- 01 Bucha de Redução 3/4"x1/2"
- 03 Grelhas Redondas de PVC 100mm 

O detalhe de entrada e saída de água no aquário ainda não está definido pois estou pensando em adaptar um filtro UV DIY na saída deste filtro.  

Criado por : Marcus.MM 

Elemento Filtrante - Purigem da Seachem

Purigem da Seachem
Para esclarecer, o purigem faz exatamente a mesma coisa que o carvão ativado, trabalha na filtragem química, que segundo o fabricante remove amônia, nitritos, nitratos, fosfatos e matérias orgânicas em suspensão, o que faz dele também um excelente
clareador da água do aquário. Com a vantagem de poder reutiliza-lo após a devida limpeza.
O Purigem!
Purigem é um adsorvente sintético diferente de qualquer outro produto para filtragem de aquários doce e marinho. não é uma mistura de resinas de troca iônica ou absorvente, mas sim um polímero sintético microporoso que remove impurezas solúveis e insolúveis da água em uma taxa que excede a dos outros produtos em 500%. O Purigem controla a amônia, nitritos e nitratos por meio da remoção de matérias orgânicas nitrogenadas que de outra maneira liberariam compostos danosos. O impacto do Purigem sobre os elementos traço é minimo e aumenta significativamente o redox. Sua capacidade e clarear a água é total. Com o tempo o Purigem escurece progressivamente até se saturar e é facilmente renovado pelo tratamento com branqueadores.
Modo de usar.
Enxague antes de usar. Use em uma blosa para elementos filtrantes com malha fina. Cada 100 Ml tratam aproximadamente 400 litros. A saturação é indicada pela coloração do produto para marrom escuro ou preto.

Reciclagem.
Deixe de molho em uma solução de 1.1 de branqueador (água sanitária) e água por 24 horas em um recipiente não metálico e em uma área bem ventilada e fora do alcance de crianças. Enxague bem com água corrente e deixe de molho por algum tempo em água sem cloro.
Da esquerda para a direita e de cima para baixo as fotos são:
Purigen saturado, água sanitária para a limpeza, Purigen na água sanitária (5 minutos após a imersão), 10 minutos depois, 15 minutos depois e comparação.

Cuidado: não reutilize se o odor de cloro for detectável. Em caso de dúvida mergulhe o purigem em uma pequena quantidade de água e faça o teste para cloro.