sábado, 20 de agosto de 2011

Criação de peixes ornamentais


pedrokiko | criaçao de peixes ornamentais
criaçao de peixes ornamentais
A criação de peixes ornamentais em tanques externos como uma extensão do aquarismo, além do aspecto decorativo, oferece novas perspectivas sendo muito prazeroso. Os caminhos da vida levaram-nos para setores de atividades diversas, onde o mais compensador se mostra o exercício da profissão, engenheiro, médico, operário, estudante, não puderam deixar de lado, mesmo que de maneira disfarçada, as tarefas que lhe são gratas ao espírito. Esta matéria é dedicada a estas pessoas, não profissionais, naturalistas de nascença, que dedicam seu tempo para a piscicultura ornamental amadora. Aqui nesta reportagem, julgo trazer uma contribuição bem necessária, dando os principais conhecimentos para quem deseja entrar nesta área da piscicultura.



O que é um tanque externo? São chamados de viveiros ou tanques externos, pequenos habitats que assemelham-se bastante com as condições naturais de um rio ou lago. É construído de forma a imitar os diversos fatores que encontramos na natureza. É exposto as variações climáticas e a predadores naturais. Os peixes, vivendo assim, agradecem e retribuem com um crescimento adequado e saúde vigorosa.





Existem diversos tipos de tanques, construídos cada um, para determinados tipos de peixes ou finalidade. Podemos citar os tanques para carpas japonesas, para poecilídeos (gupies, espadas,etc) ou para praticamente todos os peixes que vivem em aquários, misturados ou não com cultivo de plantas aquáticas e também com a reprodução. Carpas e caudas de véu, necessitam de água muito oxigenada, sendo importante o uso de bombas para circulação ou renovação constante, peixes pequenos como os gupies e espadas não necessitam deste tipo de investimento.



Vamos construir um tanque? Cavar um buraco no pátio pode parecer meio assustador, mas a satisfação é muito grande passadas as etapas da construção, e depois de construído permanece durante muitos anos sem necessitar de novos investimentos.



Projetando e contruindo



A primeira etapa é a escolha do local. Damos preferência a uma área que receba, por dia, no mínimo algumas horas de sol. Evitamos lugares com muitas árvores altas, que causam sombra e sujam a água com a queda das folhas. O tamanho vai depender da sua disponibilidade de espaço, pode ter qualquer forma, circular, retangular ou indefinida, no mínimo 4 metros quadrados (2 m x 2 m ), 10 metros quadrados é bastante bom. Não é recomendado profundidades de mais de 1 metro, 40 ou 50 cm, é o ideal. Calcule a profundidade sempre pensando em seu braço, que precisa alcançar no fundo. Depois de escavado, o solo presisa ser bem batido, colocamos uma camada de areia para emparelhar, depois uma camada de lages grossas no fundo e lages em pé nas laterais, tudo é soldado por concreto. Depois de seco aplicamos uma nova camada de concreto, dando o acabamento. Em uma lateral, colocamos um sangradouro, ou ladrão, para evitar transbordamentos em caso de chuva. Colocamos o ladrão na posição que desejamos como nível máximo da água. Um cano por baixo da terra, deve levar a água até a caixa de esgoto mais próxima. Colocamos também um outro cano, partindo do fundo, para podermos secar o tanque quando for preciso. Este deve ser provido de um registro. Depois de pronto, aplique uma camada de suviflex (uma tinta especial para evitar vazamentos). Se tudo for bem planejado, em um ou dois dias a obra estará pronta. Encha o tanque e observe durante alguns dias o nível. Se ocorrerem vazamentos, corrija com mais camadas de suviflex.



O meio ambiente e a alimentação dos peixes



A água da torneira descansada, precisa ser preparada para ficar adequada aos peixes. O piscicultor precisa controlar as propriedades físico-químcas da água. Este controle permite tirar melhores resultados, e é importante para o sucesso do tanque. Antes de falar nestes mecanismos de controle, vamos fazer um apanhado geral sobre o ambiente no qual vivem os peixes.



Os peixes exigem para o seu desenvolvimento de uma água bem oxigenada. Águas quentes, salobras, ou que tem muitas plantas em decomposição, possuem pouco oxigênio. Águas profundas e turvas não são boas para a vida aquática, pois a vida microscópica chamada de plancton, que é muito importante na alimentação dos peixes, não se desenvolve quando a luz não chega ao fundo. Também águas totalmente claras e transparentes não são boas porque contém pouca vida microscópica. Para tornar águas deste tipo aproveitáveis, é necessário fertilização e calagem dos tanques com estercos e calcário. O ph da água deve ser igual ou maior que 7,0 pois águas neutras ou ligeiramente alcalinas são as que mais produzem plancton. Os peixes tem hábito alimentar diversificado, variando com a espécie e o estágio de desenvolvimento que se encontram.



Como crescem os peixes? São basicamente três fatores que influenciam no crescimento:



1) A idade: O crescimento é muito rápido do nascimento até a idade de reprodução. O crescimento torna-se mais lento à medida que o peixe envelhece, mas nunca pára totalmente.



2) A alimentação: Se faltar alimentação, ou se esta for de baixa qualidade, os peixes não se desenvolvem.



3) A temperatura: Os peixes em geral têm seu crescimento acelerado na primavera e verão, diminuindo no outono e quase parando no inverno.



Fertilizando a água



Fertilizar, consiste na aplicação de compostos químicos visando alcalinizar a água e a aplicação de adubos orgânicos ou químicos. A fertilização forma uma cadeia alimentar que começa pelas algas. O processo de fertilização divide-se em duas etapas: Calagem e adubação.



1)Calagem: A calagem consiste em corrigir o ph, preparando a água para receber a adubação, e deve ser feita sempre que o ph ficar abaixo de 7,0. Medimos o ph, e corrigimos para um pouco alcalino, aplicando cal, ou carbonato de sódio que pode ser comprado em pó nas farmácias de manipulação. É o mesmo produto que vem nos tubinhos de alcalinizante comprados nas lojas de aquário. Com o valor que se gastaria para comprar um tubinho que tem geralmente 0,1 grama, podemos comprar 250 gramas (duas mil e quinhentas vezes mais de carbonato de sódio). Coloque o carbonato aos poucos, em pitadas, sempre medindo para ver as alterações. Não há uma quantidade exata, deve ser alcançada experimentalmente.



2)Adubação: Consiste em lançar na água adubos químicos ou orgânicos. A quantidade recomendada varia de autor. Podemos lançar na água uma quantidade de 250 g de esterco de aves para cada 1000 litros de água. O esterco deve estar bem seco, se for fresco, ocorrerá uma grande fermentação, e por consequência uma perda de oxigênio.



A cadeia alimentar



Parte da matéria orgânica que colocamos no tanque (o esterco) é convertida em sais minerais pela ação de bactérias. Estes sais minerais, mais a luz solar, formam o que chamamos de fitoplancton, vegetais microscópicos que geralmente não podem ser vistos a olho nú. O esterco também vai produzir uma grande quantidade de pequenos animais chamados de zooplancton, entre eles, diversos tipos de cyclops, que são pequenos crustáceos aquáticos. Estes se alimentam do fitoplancton. O ph alcalino garante uma boa produção de fitoplancton. Todos os organismos que não são comidos por outros e morrem; caem no fundo sob forma de detritos orgânicos que são novamente transformados em sais minerais. No fundo do tanque desenvolven-se organismos maiores. São larvas de insetos, vermes e pequenos moluscos aos quais chamamos genericamente de bentos, que se alimentam do zooplancton.



Os cuidados com os peixes



Faça todos os procedimentos de adaptação usados em aquários. Em um tanque de 3000 litros se você colocar 50 espadas e 10 gupies, eles vão desaparecer e você poderá ficar frustrado com um lago vazio, mas em pouco tempo você verá mais e mais peixes. Todos os dias alimente os peixes com comida flocada. Quando for alimentar, faça um barulho agitando a água. Em pouco tempo eles reconhecerão a hora de comer. Coloque algumas plantas aquáticas. Cabombas, rabos de raposa e elodeas desenvolven-se muito bem. As plantas são importantes pois oferecem abrigo aos alevinos, mas o excesso consome muita adubação. Quando os peixes começarem a nascer, todo alimento que precisam encontrarão em abundância. Os cyclops formados pelo esterco e as larvas de mosquino que aparecerem expontaneamente, serão consumidos. A adubação deve ser reforçada três vezes ao ano, nos meses de março, setembro e dezembro (outono, primavera e verão), e não deve ser feita nos meses de rigoroso inverno. Se for montar o tanque no inverno, faça uma pequena adubação(50 g para 1000 litros) ou somente quando o frio terminar. Não se preocupe com doenças, como o íctio e fungos, se um peixe estiver afetado é pouco provável que passe aos outros, e geralmente as doenças desaparecem por sí. É comum no começo do tanque, alguns peixes morrerem, mas as crias destes serão cada vez mais resistentes. A chuva completa a evaporação, mas se não for suficiente, use uma caixa d'água com água da torneira descansada ou trate a água com hipossulfito de sódio(é encontrado em lojas de material fotográfico ou químico, o hipossulfito é usado como fixador para fotografias, e é o mesmo que vem nos tubinhos de desclorificante). Nos meses de inverno, dependendo da região, é necessário o aquecimento da água. Aqui no Rio Grande do Sul, quando a temperatura fica abaixo de 10º C, é preciso cobrir parte do tanque com lâminas de isopor, que flutuam sobre a água. E no mais rigoroso inverno, debaixo destas lâminas é necessário instalar aquecedores potentes. Quando a temperatura chegou aos 4º C, 900 Watts de aquecedores, divididos em 3 de 300 watts, debaixo das lâminas de isopor, foram o suficiente para não ocorrer nenhuma morte em um tanque de 4.000 litros.



O crescimento da população



Pense que se colocar 30 fêmeas, cada uma dará uma base de 20 alevinos que crescerão até a idade adulta, 30 x 20 = 600 peixes, destes 600 serão 300 fêmeas, então teremos 330 fêmeas. Na próxima geração 330 x 20= 6600 peixes. Incrível! Mas não é assim que funciona.



Se inicialmente colocarmos 40 peixes, 30 fêmeas e 10 machos, no primeiro ano, o crescimento da população será muito grande, diminuindo a medida que os peixes se tornam adultos. Isto é facilmente explicado pois quando tínhamos os 40 iniciais, haviam somente 40 predadores para todos os nascimentos, com as primeiras gerações já adultas, teremos 200 ou mais predadores para os nascidos. Chega a um ponto que quando um alevino nasce, não consegue chegar a idade adulta antes de ser devorado. Teremos então uma estabilização da população. 

Folhas da Amendoeira - Tratamento de doenças


Para iniciarmos então, vamos falar não sobre doenças, mas sobre as folhas de amendoeira que muitos criadores utilizam como bactericida, fungicida entre outras, para tratamento de inumeras infermidades;

Esta planta é conhecida popularmente no Brasil por vários nomes, de acordo com a região ela pode ser chamada de Castanheira, Castanheira Portuguesa, Castanha da ìndia, Castanhola, Sete Copas, Chapéu de Sol e possivelmente outros nomes. Ela foi introduzida no Brasil pelos Portuguêses trazida da Índia no período de colonização do nosso país, adaptou-se perfeitamente aos diversos climas do nosso gigante e hoje se ninguém falar nada muita gente vai continuar pensando que ela é nativa, mas não é, é uma planta exótica. No exterior o nome mais comum é Indian almond leaves mas não é difícil ver a planta sendo chamada de folhas milagrosas ou folhas mágicas.

Foto da árvore "Amendoeira"

Esta planta é hoje em dia alvo de diversas pesquisas farmacêuticas, um dos metabólitos presente em suas folhas já foi identificado como bactericida e fungicida entre outras possíveis plicações inclusive contra o câncer. Ela é usada na medicina popular da Ásia a séculos e além disso é usada como tônico e coadjuvante no tratamento de peixes ornamentais, este segredo foi guardado por muito tempo pelos orientais e com o advento da internet essa informação finalmente vazou, embora pessoas mais informadas já tenham ciência do uso destas folhas no oriente, aqui no Brasil ainda não se tem conhecimento, pelo menos não foram divulgados, da aplicação prática na criação e manutenção de peixes ornamentais.



Folhas da Amendoeira

As folhas "mágicas" da Amendoeira (Terminalia catappa L.) são usadas como tônico e coadjuvante no tratamento de peixes ornamentais. Notadamente por criadores de Bettas splendens. 

Estudos indicam que estão presentes em suas folhas elementos com propriedades bactericidas, fungicidas e parasiticidas. Estimulam a reprodução dos peixes, intensificam suas cores e os acalmam.

Entre as qualidades que hoje podem ser encontradas testemunhadas em sites e fóruns das mais variadas nacionalidades estão:

• Estimulante da reprodução;
• Alto poder antifúngico;
• Alto poder antibactericida;
• Alto poder antiparasiticida;
• Intensificação das cores dos peixes;
• Melhoraria da saúde geral dos peixes;
• Baixa o PH;
• Simular condições de águas escuras (Black Water).


Foto da folha seca após alguns dias.

As folhas secas da Terminalia catappa são amplamente utilizadas por criadores de Bettas. As folhas são usadas secas na proporção de 1 folha para cada 15 galões, o que em litros dá 1 folha para cada 56L mais ou menos. 
Com tantas qualidades e tantas referências positivas fico imaginando por que o Brasil que tem essa planta de norte a sul não há referências do seu uso ou experimentação.


Para usar a folha recomenda-se as colher ainda verde e secá-las a sombra, isso evita que juntamente das folhas secas coletadas no chão sejam introduzidos no aquário agentes contaminantes que aproveitam a morte da folha para se instalar, obviamente o poder de defesa da folha é muito maior quando ela ainda está viçosa e saudável em seu galho. Após a coleta as folhas devem ser lavadas e dispostas para secagem, após a secagem basta dispô-las na Betteira. Vale lembrar que a folha, como mencionado acima, tingirá a água de uma coloração amarelada cor de chá, então se você não aprecia a coloração, esteja avisado.
"Efeitos esperados"

Espera-se que os peixes reajam exibindo todo seu vigor, tenha baixa suscetibilidade a infecções e tenham suas cores intensificadas, estes são os efeitos gerais associados ao uso das folhas. Na reprodução é esperada diminuição e até ausência de ovos fungados (ovos brancos) bem como um aumento no número de alevinos sobreviventes aos primeiros dias.

"Modo de Uso"

Cada folha pode tratar até 56L (10G) de água. Simplesmente coloque a folha inteira no seu aquário ou qualquer recipiente com água e a deixe lá por pelo menos 5 dias ou até 10 dias para obter melhores resultados. A água irá gradualmente tornar-se cor de chá nos dias subseqüentes, primeiro uma cor suave intensificando com o decorrer da aplicação. Se você tem um recipiente com menos de 56L pode-se aplicar as folhas em separado e ir diluindo a solução no recipiente que se quer tratar, mas pode-se ainda diminuir a proporção das folhas em relação ao conteúdo do recipiente. As folhas devem ser removidas após 10 dias de uso visto que todas as suas propriedades benéficas como o ácido taninico já foram liberadas no tanque.

Para pequenos recipientes, como betteiras de criação, pode-se usar um recorte da folha de uns 3.5 a 7cm2 adicionado diretamente ao recipient deixando-o lá por pelo menos 3 dias ou cinco para melhores resultados. O tratamento da água com as folhas da Terminalia catappa diminuem a necessidade de trocas desses recipientes de várias em uma semana para uma por semana, mesmo assim não se deve deixar de fazer trocas.

Ficou curioso e vai tentar? Ótimo, espero ter indicado uma forma barata e eficaz para tratamento de algumas doenças que podem atacar nossos Bettas.

><((((º> FTBettas <º))))><


Fontes: http://www.bettabrasil.com.br/
Fotos: Fernando Toloto (FTBettas)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Alimentos Vivos


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(Artêmia salina)
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Náuplios de artêmias, são um excelente alimento a ser fornecido a alevinos e ate mesmo alguns peixes adultos. São ricos em proteína, contem pouca gordura.

Preparando a eclosão:
Eclodir cistos (ovos) de artêmias, não chega a ser uma coisa muito difícil ,desde que se saiba como e tenhamos o material necessário.
Vamos começar primeiramente montando o recipiente necessário para eclosão.
Pegue uma garrafa pet de refrigerante dessas de 2 litros e corte o fundo; pegue outra garrafa igual e corte a parte superior, depois vire a primeira e encaixe dentro do fundo da segunda, conforme mostra a figura.

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Feito isso, coloque dentro da garrafa uma mangueirinha dessas usadas para aeradores no aquário, ligada a um compressor de ar e posicione tudo isso próximo a uma lâmpada incandescente de uns 40 watts, de modo a todo conjunto receber bastante luz e a água ganhar também temperatura com o calor emitido da lâmpada. Cuidado para não posicionar a lâmpada perto demais; lembre-se que as garrafas são plásticas.
A eclosão se dá melhor com temperaturas entre 25 e 31ºC e outra coisa a movimentação da água feita pelo aerador tem que ser grande, tem que movimentar (e oxigenar) bastante a água.

Bom tudo deve ficar mais ou menos como a figura abaixo.

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Pronto! Vamos preparar a água; pegue água velha (pode ser água do seu aquário mesmo), numa quantidade que caiba na sua “artêmeira” (não o termo não existe!), dose sal grosso marinho, SEM iodo, numa proporção de 1 colher de sopa rasa de sal para cada 1 litro de água. Dose junto uma colher de chá rasa de bicarbonato de sódio, para que o pH fique bem alto. Note que falamos em 1 colher se chá rasa de bicarbonato para toda a água usada na garrafa e não uma por litro, OK?

Feito isso ligue o compressor, ligue a lâmpada e deixe assim por uma ou duas horas, depois e só colocar a quantidade de cistos que você acha que vai precisar.

Notas:- Uma ponta de colher de chá de cistos dá uma quantidade muito grande de náuplios, então cuidado ai com quanto você irá eclodir.
- Cuidado ao pegar os cistos (com uma colherzinha por exemplo) para não usar algo molhado ou mesmo unido, umidade dentro do pote dos cistos faz com que eles estraguem rapidamente.

Os cistos deverão eclodir dentro de 48 horas (pode demorar um pouco mais, dependendo da qualidade dos cisto, temperatura, pH, etc).

É fácil ver quando eclodiram, só desligar um pouco o aerador , deixar a água parar e ver uma quantidade enorme de minúsculos pontinhos avermelhados nadando em grupo.

Vamos prepara uma peneirinha pra coletá-los agora.
Você tem ai um pode de ração de peixes vazio? Ótimo! Se não tiver qualquer pedaço de tubo com cerca de 40mm já serve. 
Corte o fundo do potinho; pegue um pedaço de tecido de tela de serigrafia de 180 ou 200 fios (ou senão houver possibilidade, arrume uma dessas meias de nylon que mulher, dobre 3 ou 4 vezes e use assim) coloque sobre o fundo do pote e prenda com um elástico, com mostra a figura.

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Pronto, esta pronta a redinha mais fácil possível de ser feita. Você poderá fazê-la de mil maneiras possíveis, ate lógico muito mais caprichada que essa.

Coletando e servindo os náuplios:
Desligue o aerador e aguarde ate a água acalmar, passado um tempo (coisa de dez minutos), você irá notar que os náuplios foram todos pro fundo do recipiente, ai vem o porquê de fazermos ele desse jeito, (com a garrafa invertida) o recipiente se afunila no fundo, aglomerando todos os náuplios mais perto um do outro e facilitando muito a coleta.
Prepare uma mangueirinha e usando-a como um sifão, sugue-os para fora do recipiente, jogando dentro da peneirinha.

Nota: Use um recipiente para coletar a água que passa pela peneirinha, para poder reaproveitá-la depois.

Cistos coletados, agora com eles dentro da peneira, passe água corrente (da torneira mesmo) por eles para tirar o sal. Depois mergulhe a peneirinha dentro de um recipiente com água limpa (uso um copo) para que os náuplios saiam e pronto é só servi-los ais peixes ,derramando essa água no aquário.

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(Artêmia salina)
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A artêmia adulta é um dos alimentos para peixes mais completos que podemos lhes oferecer pois é bastante rico em proteínas, e sais minerais.
Tentar criar artêmias de forma artesanal (caseira) é algo que realmente não vale a pena, pois os resultados obtidos sempre ficam baixo do desejado. 
É muito mais vantajoso (custo beneficio) comprá-las vivas em lojas especializadas do que tentar a criação.
Mesmo assim se alguém tentar criá-las vai precisar de um recipiente bem grande (uma piscina infantil por exemplo), cheia de água do mar (natural ou artificial), um bom sistema de aeração e deixar assim por muito tempo, ate que ela fique velha e cheia de algas.
Ai então colocar algumas artêmias adultas (compradas em lojas) e esperar de façam o processo de desova – eclosão naturalmente.
Repetimos aqui que isso é extremamente difícil de acontecer , mas não impossível.
Manter artêmias compradas em lojas, vivas por um tempo ate é possível; coloque-as num recipiente de boca larga com bastante aeração (compressor / pedra porosa) e deixe-as em lugar fresco e com luz. Elas assim normalmente duram cerca de5 a 7 dias.
Uma boa dia para enriquecer as artêmias; sabe-se que elas são animais filtrantes, providas de um filtro não seletivo, ou sejam filtram a água retendo tudo que nela tiver, sem selecionar algo.
Sabendo disso, se colocarmos artêmias num pote com água e nele dosarmos uma vitamina (especifica para peixes), após algum tempo (uma ou duas horas) sabemos que essa vitamina “estará nas artêmias”, então se dermos essas artêmias aos peixes eles alem do alimento estarão ingerindo uma boa dose de vitamina.
Isso funciona para medicamentos também, sendo uma forma detratarmos peixes via oral.

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(Tubifez tubifex)
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São uma excelente fonte de proteínas e gordura e um dos melhores alimentos que podemos oferecer a um casal em época de reprodução. O problema deles é o fato de serem mal cheirosos e estarem naturalmente infectados por bactérias; por esse motivo devem ser oferecidos aos peixes poucas vezes por semana e em pequenas quantidades.
Praticamente impossível criá-los de forma controlada, são vendidos em algumas lojas em forma de verdadeiras bolas de vermes.
Ara mantê-los vivos, basta coloca-los num recipiente com água e bastante aeração. Alimentando-os uma vez por dia com “água verde” (infusórios), chegam a durar assim, 4 a 5 dias.
Alguns a aquaristas têm uma pratica (valida inclusive) de “depurá-los” após a compra. O método consiste no seguinte; coloque –os num recipiente e lave-os enchendo o recipiente de água e esvaziando depois. Fazer isso algumas vezes e depois deixá-los quietos por cerca de 30 minutos, após isso trocar toda a água e repetir o processo no mínimo mais umas 5 ou 6 vezes.
Todo contado (ate na hora de servi-los aos peixes) peixes deve ser feito com pinças ou algo semelhante,m evitar ao máximo o contato com esses vermes é muito aconselhável, já que eles podem ser transmissores de algumas doenças graves com a hepatite.
Mas apesar dos riscos esse alimente sempre devera ser cogitado com uma ótima opção de alimentação.

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São toda uma gama de seres microscópicos com o protozoários por exemplo que vivem em águas verdes, e velhas, formando uma verdadeira sopa de microorganismos. 
Talvez seja esse, o único modo de alimentarmos alevinos recém eclodidos, de várias espécies de peixes, principalmente de pequeno porte.
Por sorte sua criação e manejo é muito simples e fácil.
Preparando a cultura:
Num recipiente de boca larga como um vidro de conservas e/ou palmito muito bem limpo, coloque água do aquário ou ate mesmo da chuva (água da torneira , mesmo com anti-cloro não é aconselhável) e deixa-a lá.
Pegue uma folha de alface bem lavada e deixe-a murchar na sobra, por um dia, após isso coloque-a dentro do recipiente imersa na água. Dose uma pequena pitada (a pontinha de uma colherinha de café bem rasa) de leite em pó e tampe o vidro com um uma redinha fina (tipo tule) para evitar a entrada de insetos. E deixe descansar em um lugar claro e sem sol.
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Após 2 ou 3 dias a água estará turva e esverdeada, sinal que sua cultura esta a toda. Vá retirando um pouco dessa água (uso uma seringa para isso) e dando aos alevinos.
Reponha a água usada com água do aquário ou água de chuva, após uns 8 dias pode colocar outra folha de alface como a primeira (limpa e murcha à sombra) e outra pitadinha de leite em pó. Essa cultura deve durar coisa de 20 dias e depois descartada e substituída por outra nova; não que os microorganismos da mesma terminem ou venham a morrer, mas por que o meio (água) passa a ter um cheiro bem desagradável.

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(Palembus dermestoides)
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A larva desse besouro é rica em gordura , proteína e alguns minerais (principalmente em gordura).
Criá-los é tarefa muito fácil. Num pote de plástico de boca larga (tipos os tupperware ou potes de 1 kg sorvete), coloque uma camada de uns dois centímetros de amendoim sem casca e cru.

Nota: 
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Algumas pessoas usam o amendoim com casca, outras não; vai da disponibilidade e gosto de cada uma. Outras ainda costumam fazer uma “cama” no fundo do pote de farelo de cevada, para só depois jogar uns tantos amendoins por cima. A meu ver o resultado de ambas as maneiras fica muito parecido em relação ao crescimento da colônia, então, fica a critério de cada um decidir qual modo usará.

Bom estando o pote já com os amendoins, coloca-se ali então alguns desses besouros, tampa-se ou com a própria tampa do pote ou com um pedaço de tule preso com elásticos
Nota: seja como for eu vai tampa o pote deve-se tomar cuidado com algumas coisas.
Os besouros sobem pelas paredes do pote, então qualquer fresta ou abertura que tenha ali que os deixe passar é rota de fuga, e vai ser usada. A tampa deve impedir também a entrada de predadores, formigas e algumas vespas comem as larvas desses besouros.
Mas atenção a tampa não pode ser hermética! Uma passagem de are fresco deve ser mantida, Usando tule isso é fácil, mas se for usar a própria tampa do pote (o que é muito mais pratico) providencie vários furos pequenos nela para deixar só o ar passar.
Bom estando o pote já com amendoins de besouros e devidamente tampada, coloque-o num lugar fresco, com pouca luz e livre de umidade. Em poucos dias (cerca de uns 10) você verificando entre os amendoins, irá achar varias larvas por ali; é só pega-las com uma pinça (para facilitar, pois ela são muito limpas) e servir.
Vez por outra reponha alguns amendoins, você irá notar que eles os comem e sobram só as cascas. Costuma-se uma vez por mês, retirar o pó que se acumula no fundo do pote para evitar o aparecimento de um cheiro desagradável (a cultura normalmente não tem cheiro algum) simplesmente peneirando-a com uma dessas peneiras de plástico de cozinha usada para coar chá. Peneire e depois reponha besouros, larvas e amendoins usados (mais alguns novos) de volta ao pote original.
Colete o pó que caiu da peneira e coloque-o num pote ou em um vidro de boca larga. Ali há muitos ovos, que logo irão virar larvas e poderão ser aproveitados com o alimento aos peixes.

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(Moina macrocopa) e (Daphnia magna)
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São também uma boa (e prática) fonte de alimentos para peixes em aquários. Alem de uma boa fonte de proteínas, são pequenas, limpas, não morrem facilmente e ainda ajudam alimpar a água onde estiverem.
Manter Dáfnias. Em casa não é complicado com o possa parecer, muito pelo contrário.
Coloque-as num recipiente de bom tamanho, como um balde, uma caixa de plástica grande, um aquário velho ou algo assim, com água limpa e sem cloro (o ideal é água da chuva ou água retirada do aquário durante uma TPA). E deixe isso num lugar claro, mas que não pegue luz do Sol diretamente.
Para alimentá-las, pode usar pitadas de levedura cevada, leite em pó, ou “água verde”.
Nota: Água verde é obtida como descrito em Infusórios.
Com esse arranjo é possível mantê-las por muito tempo e ate mesmo, reproduzi-las.
A colônia inicial , pode ser comprada em lojas especializadas, adquiridas com outros aquaristas ou ate mesmo coletadas na natureza em lagos ou córregos onde elas vivam, com uma redinha de tule.
Cuidado ao coletá-las para ter certeza de só colocar Dáfnias no recipiente, pois não raro, onde elas vivem na natureza, vivem outros parasitas indesejados, que podem acabar junto na rede.
Apesar de menos que as Artêmias, as Dáfnias também são filtradoras e assimilam rapidamente o que tiver na água, tornando-se assim um bom meio de ministrarmos vitaminas ao nossos peixes, com o descrito nas Artêmias.

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(Drosophila sp.) (Drosophila melanogaster)
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Essas mosquinhas são um alimento bastante apreciado por praticamente todos os peixe pequenos ou de pequeno porte. Rica em proteína, gordura e alguns minerais, pe sem dúvida um ótimo alimento.
Criando Drosophilas:
É bastante fácil criá-las, desde que na sua região (devido ao clima) tenham as conhecidas “mosquinhas de banana” por ai.
É sabido que em algumas regiões (principalmente no Sul do país) elas são um pouco raras ou somem durante o inverno, devido ao clima muito frio.
Bom supondo que por ai elas apareçam; pegue um pote de vidro (ou plástico) de boca larga e bem limpo. Prepare num prato fundo uma mistura de uma banana madura sem casca, uma colher de sopa rasa de aveia em pó (alguns usam maizena) e amasse / misture tudo muito bem, durante esse processo, deve-se misturar um pouco de água, para que a “papa” formada tenha a consistência deu mingau.
Feito isso, coloque a mistura no fundo do pote deixe-o destampado ao ar livre (longe do sol) ou perto de uma fruteira onde tenha essas moscas, ou ainda perto de uma árvore frutífera, com frutos, onde elas costumam aparecer (o mais comum é deixarmos mesmo ela ao lado de uma fruteira); por uns dois ou ter dias.
Nota: Lembre-se pote tem que estar destampado.
Depois desse tempo, tampe o pote com um pedaço de tule usando elásticos. Aproximadamente em 10 dias teremos várias moscas voando dentro do pote. Está ai sua cultura de Drosophila.
A cultura deverá produzir por cerca de 5 semanas, costuma-se reproduzir a cultura (em outro pote separado) com 3 semanas de uso; preparando a mesma “papa”, colocando no novo pote e juntando a ela uma colher se sopa de “papa” original.
Sabe-se que a cultura deve ser descartada quando o numero de moscas cair muito e a “papa” ficar com uma cor escura (praticamente preta). 
Para coletar suas moscas, coloque o pote ainda tampado, dentro de um saco de plástico transparente e destampe-o lá dentro. As moscas irão voar e ficarão presas dentro desse saco. 
Retire rapidamente o pote (sem deixar muitas moscas escaparem) e coloque o saco com as moscas dentro do congelador. Dentro de aproximadamente 1 minuto as moscas estarão congeladas (se deixá-las fora elas descongelam e voltam à vida!), com elas assim abra o saco e sirva-as aos peixes.

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Existe uma variante dessa mosca chamada Drosophila sem asas, que é exatamente igual as citadas, só que com a vantagem de não terem asas, o que torna seu manejo muito mais fácil. O único problema com elas é consegui-las, já que elas não estão soltas na natureza. Então para iniciarmos uma cultura dessa variante, so mesmo adquirindo-a através de terceiros.

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(Enchytraeus albidus)
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Enquitréias são talvez, junto as Artemisa, a forma de alimentação viva mais popular entre os aquaristas.
Bastante ricas em proteínas e principalmente gorduras, são responsáveis por manterem peixes saudáveis e alevinos num ótimo ritmo de crescimento.

São relativamente fáceis de criar, desde que saibamos de alguns requisitos (e macetes) básicos para isso.
Para criá-las, vamos precisar de uma caixa de um bom tamanho algo com o 15 centímetros de comprimento e 15 centímetros de largura; e preferivelmente baixa.
Pode-se por exemplo,usar caixas de plástico e/ou isopor, desde que devidamente furadas em baixo para servir de dreno de excesso de umidade. 
A caixa deve ser sempre muito bem tampada, para evitar a entrada de predadores (formigas e outros insetos). Mas alem da tampa da caixa, teremos que providenciar uma “segunda tampa” que entre totalmente dentro da caixa e fique apoiada diretamente sobre o material do solo, como mostra a figura.

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Essa segunda tampa, deitada sobre o solo da caixa, serve para manter a umidade do solo que se condensa nessa tampa.
Nota: Normalmente é usado um pedaço de vidro cortado do tamanho certo com um puxador (de vidro colado com silicone) no meio.
A maior concentração de umidade nessa tampa interna, atrai as Enquitréias para ali, que costumam ficar literalmente grudadas nessa tampa, o que facilita muito na hora da coleta.

O solo que mencionamos aqui, é o meio onde a cultura irá se desenvolver, deverá ser um material inerte,e bastante poroso.
Alguns costumam usar pequenos cacos de cerâmica (usadas em filtros biológicos), há quem use xaxins, mas o melhor solo a ser usado (ótimo, prático e fácil de achar) é o carvão ativado usado em aquários (melhor ate se for já usado /saturado).
Bom escolhido o solo, lave-o muito bem em água corrente e deixe-o de molho um pouco em água sem cloro (o solo ideal deve ser livre de qualquer produto químico como fertilizantes, remédios ou outro tipo de contaminante, e preferivelmente estar com um pH neutro). Depois o seque e o coloque dentro da caixa de modo a formar uma camada de uns 8 a 10 centímetros, umedeça-o bem (lembre-se que os furos para dreno deverão tirar todo o excesso de água). 
Essa caixa deverá ficar em um lugar fresco (temperatura ideal em torno de 18ºC) e escuro; pois claridade prejudica a formação da colônia.

Pronto agora é só colocar a cultura inicial, que poderá ser adquirida em lojas especializadas, com outros aquaristas ou ate mesmo comprada pela internet.

Espalhe a cultura inicial sobre o solo umedecido e coloque um pouco dê alimento para elas. Vamos aqui falar um pouco sobre esse alimento.
Há uma serie de alimentos possíveis e usados, por ai; aveia, farinhas de trigo, alguns cereais umedecidos em leite e pão, também umedecido em leite são alguns dos tipos usados.
Mas o que mais tem sido usado e com melhor resultado é sem dúvida alguma é a farinha láctea; essa é fácil de usar e apresenta um ótimo resultado além de influenciar diretamente no valor protéico das Enquitréias.

Bom para alimentá-las com isso, é só jogar uma pequena pitada sobre o solo e borrife um pouco de água sobre ela usando um desses borrifadores manuais facilmente encontrados em super mercados.
E aqui esta um ponto em que grande maioria de quem começa a criar Enquitréia, acaba errando. A alimentação delas.
Uma colônia recém formada não deve ser muito alimentada , sob o risco grave de sobrar comida que irá apodrecer e criar mofo, o que é bastante prejudicial a elas.
Então no inicio (aproximadamente 30 dias) é preferível dar pouca comida a elas, verifique se há aparecimento de pontos de fungos (mofo) e após retirá-los passe a diminuir a comida. A pitada de comida oferecida deve terminar dentro de aproximadamente uma semana.
No mínimo uma ou duas verificações semanais quanto a isso se faz necessário. Aproveite essas verificações para checar também a umidade do solo, se este estiver seco, ou secando, borrife água novamente sobre ele.

Como já falamos, para coletar suas Enquitréias é fácil, pasta levantar a tampa interior e com algo igual a um palito ir coletando-as e servindo.
Procure não encostar a mão nelas e/ou no vidro dessa tampa, nem nunca colocar essa tampa diretamente dentro do aquário, sob o risco de contaminação da cultura.
Não inicie a coleta de culturas novas, com menos de 30 a 40 dias, pois elas no inicio demoram a se formar e estabilizar. Após esse tempo seu crescimento é bastante bom e poderemos coletá-las tranquilamente.

Vale lembrar que devido a seu alto teor de gordura, elas devem se servidas com parcimônia aos peixes; aconselha-se servi-las no máximo duas vezes por semana.

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São bons alimentos para peixes, aliás, são os alimentos naturais de muitos peixes pequenos e alguns alevinos.
O método de criação dessas é extremamente fácil, mas muito controverso. Para criá-las é tão somente preciso um recipiente de boca larga cheio de água e nele induzir o crescimento de Infusórios (como já vimos aqui). Depois disso é só deixar ao tempo em lugar de sombra e pronto, dentro de duas semanas ou um pouco mais, muito provavelmente já haverá larvas de mosquitos ali. Para coletá-los é só preciso uma pequena redinha de tule, dessas que usamos para pegar peixes no aquário. Fácil não?
E controverso.
Essa cultura é “indiscriminada”, você não sabe larva de qual mosquito você esta criando, pode ser do indesejado pernilongo ou ate do perigoso Aedes aegypti transmissor da Denge. Então, apesar do indiscutível valor nutricional dessas larvas, sua criação é bem pouco aconselhável.
Por outro lado, sua coleta na natureza, é preferível; já que alem de estarmos coletando um bom alimento para nossos peixes, estaremos evitando a proliferação de mosquitos nem sempre benéficos. Isso pode ser feita em poças, pequenos lagos e até pequenos córregos mais lentos com ajuda de uma redinha e um pode de água.

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(Turbatrix aceti) ou (Anguillula silusiae)
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Excelente alimento para alevinos muito pequenos como por exemplo alevinos de Betta ou de Killifish. Esses vermes são minúsculos, fáceis de criar e de um ótimo valor nutricional.
Sua criação é fácil, basta um recipiente de vidro de boca larga (tipo potes de palmito ou café solúvel); nele você coloca uma mistura de 50% de água sem cloro (ideal água da chuva) e 50% de vinagre de maçã.
Com isso pronto corte dois cubo de uns dois centímetros de uma maçã vermelha (ou fatias que mais ou menos equivalem a isso) e jogue dentro. 
Esta pronto o meio para receber sua cultura inicial, que pode ser adquirida em lojas ou com amigos aquaristas.
Colocado a cultura inicial, é só aguardar cerca de 25 A 30 dias e você notará uma verdadeira nuvem de minúsculas larvas nadando no pote.
Quanto isso acontecer (passado o tempo de espera para formação da colônia), pode coletá-las.
Essa cultura deve fornecer vermes por muitos meses seguidos, (normalmente mais de 6 meses) e depois disso, você irá começas a notar o acumulo de sujeira no fundo (parecido a um pó decantado). Ai esta na hora de iniciar outra cultura, logicamente usando esta como start.

Coletar esses vermes requer uma “peneira especial”, dado ao seu minúsculo tamanho. Uma peneira com a citada nos Náuplios de artêmia é ótima para isso, desde que feita somente com o tecido de tela de serigrafia de 180 ou 200 fios.
Se não houver a possibilidade de se arrumar uma peneirinha assim, o uso de filtro de papel para café, pode ser feito a única diferença é que no filtro de papel a filtragem é feita deforma mais lenta um pouco e ele não é reaproveitável como a peneirinha.
De qualquer forma, a coleta é feita pegando-se um pouco da água e passando pela peneira (ou filtro), tomando cuidado para coletar “água” que sai, para voltar com ela para o recipiente onde esta a cultura. É difícil ver os vermes na peneira / filtro. Pegue a peneirinha (o filtro) e lave os vermes em água corrente, para tirar todo traço do vinagre; depois a afunde dentro de um pequeno recipiente com água pura e limpa, agitando-a bem de forma a permitir que os vermes saiam para a água. Ali sim você verá as minúsculas criaturas nadando freneticamente, então é só dar isso aos peixes.

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(Nematóides)
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Na verdade, essa é uma cultura de múltiplos vermes, pois vários deles se instalam nela. Dentre os mais conhecidos e comuns, estão o Panagrellus redivivus, o Leptodera oxophila e o Teratocephalus terrestris.
São um ótimo alimento para alevinos, dado a seu tamanho minúsculo e alto valor nutricional.
Criá-los é bastante fácil.
Pegue um recipiente tipo um prato fundo, ou algo parecido. 
Em uma panela, prepare uma quantidade de aveia cozida que dê no prato (forme uma camada de uns 2 cm). 

Nota: Aveia cozida nada mais é que o mingau de aveia. Aveia em flocos, leite e cozimento ate engrossar, só isso.

Feito o mingau de aveia despeje-o no prato e deixe esfriar. Depois de frio, misture a ele uma colher de sopa rasa de levedura de cerveja (encontrada em super mercados) e misture bem.
O meio para sua cultura já esta pronto. Agora é só inoculá-la com a cultura inicial, que pode ser conseguida em lojas especializadas, compra pela Internet ou através de aquaristas conhecidos.
Essa cultura inicial, nada mais é que uma porção (como uma colherada de sopa) da parte de cima do mingau de aveia de uma cultura já estabelecida a tempos. Citamos “da parte de cima” por que é lá que os vermes ficam, na parte mais funda do mingau praticamente não há vermes.
Espalhe um pouco a cultura sobre o meio e tampe-o.

Aspecto da cultura
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Atenção aqui vai um aviso importante, é sempre preciso tampar muito bem a cultura para evitar a entra de insetos que com certeza iriam colocar lá seus ovos; e suas larvas iriam prejudicar muito sua cultura de microvermes.
Na verdade duas tampas são necessárias; a primeira feita de qualquer material liso (vidro ou plástico), deve ficar apoiada diretamente sobre o mingau e a segunda uma que cubra totalmente a cultura (o prato). Pode-se usar outro recipiente virado (emborcado) sobre o prato.
A função da primeira tampa e segurar um pouco a umidade junto ao mingau, a segunda é evitar entrada de insetos.

Nota: Apesar de estar fechada é aconselhável que a cultura “tome ar”, então abrir a tampa pelo menos uma vez a cada dois dias é preciso.

Passado cerca de 10 dias, os microvermes já podes ser coletados. Para fazer isso, basta raspar a borda do mingau ou mesmo a tampa que fica encostada nele (normalmente ele se aglomeram ali) com um pedacinho de plástico, madeira ou ate mesmo o dedo. Leve a coleta a um copo com um pouquinho água e agite bem, depois é só servir essa “sopa”.
Uma cultura dessas rende muitos vermes e deve durar algo em torno de 15 dias; depois disso o meio começa a ficar escuro e já é hora de fazermos outra, logicamente aproveitando os microvermes da cultura inicial para o start da outra.

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(Tenebrio molitor)
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Apesar de ser uma larva relativamente grande, há grande quantidades de peixes que as comem, ciclídeos grandes são um exemplo típico deles. É uma fonte rica proteína, carboidrato, matéria fosfatada e fibras digestíveis.
Sua criação é simples e exige poucos cuidados.

Em um recipiente plástico qualquer (o ideal é uma caixa tipo tupperware) faça vários pequenos furos na tampa para entrar ar mas pequenos o suficiente para não deixar passar os besouros.
No fundo da caixa coloque uma camada de uns 5 centímetros de farelo de trigo.

Nota: Aqui cabe ressaltar que os Tenébrios se alimentam de uma grande quantidade de alimentos, pode-se usar farelos de cereais em geral, pão seco (velho), vários tipos de farinhas e ate alguns vegetais e frutas (que melhoram sua qualidade nutricional). Note apenas que caso venha a colocar vegetais e/ou pedaços de frutas, esses devem ser retirados (os restos) a cada dois dias, para evitarmos mofo.

Estando a camada de farelo já no fundo da caixa, coloque sobre ela, num canto qualquer, uma pequena tampa tipo desses vidros de palmito ou café solúvel, virada pra cima e com um pouco de água dentro. Suas larvas no período de desenvolvimento necessitam de água para crescerem, indo busca-lá ali.
Como o meio (fundo) pronto, é só colocar a cultura inicial , que pode ser adquirida em lojas, na Internet ou com aquaristas conhecidos, e aguardar. Com aproximadamente 30 dias sua cultura já deve estar “fervendo” de larvas e besouros adultos.
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Notas:
- Tenébrios comem muito, então constantemente você deverá fornecer comida a eles.
- Tenébrios são insetos tropicais, então só se reproduzem em temperaturas que fiquem na faixa entre 18 e 29ºC.
- A cultura se desenvolve melhor estando sob pouca (ou nenhuma) luz. Deixar a caixa em local escuro é então aconselhável.

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(Enchytraeus buchholzi)
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Aqui outra fonte de um ótimo alimento para peixes e alevinos. O verme de Grindal é um alimento muito usado por aquaristas do mundo todo. São fáceis de criar e totalmente isentos de qualquer tipo de doença e/ou parasitas; alem é lógico de terem um ótimo valor nutricional, pois são muito ricos em proteínas.

Arrume uma caixa plástica com tampa; faça um corte quadrado na tampa (na verdade pode ser de qualquer formado) de uns 3 X 3 centímetros. Feito isso, passe silicone pela borda do corte pelo lado de dentro e cole um pedaço de meia de nylon dessas usadas por mulheres, como mostra a figura abaixo.

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Essa janela é bastante importante e necessária para que entre ar na cultura e evitar acumulo de excesso de umidade.
Estando a caixa pronta, em um balde, providencie uma mistura de meio a meio de terra (dessas vendidas para vasos) e turfa (ambos vendidos em floriculturas), misture-os bem e umedeça levemente, depois leve-os ao microondas por 5 minutos para fazer a esterilização total disso.

Nota: Se não houver um microondas disponível, a mistura pode ser colocada num recipiente metálico e levada ao forno alto por uns 15 minutos.

Feito a esterilização, deixe esfriar bem e coloque dentro da sua caixa, formando uma camada de uns 5 a 6 centímetros no fundo e umedeça levemente a solo, borrifando água sobre ele.
Coloque então a cultura inicial.

Nota: Infelizmente o verme de Grindal dificilmente é encontrado a venda em lojas, alguns sites o vendem pela Internet ou você pode tentar pegá-los com algum aquarista conhecido.

Para colocar a cultura inicial, existe alguns macetes que ajudam muito o crescimento da colônia.
Antes de colocar a cultura inicial, faça com o polegar uma leve depressão no solo (afunde levemente perto de 1 cm de profundidade) do tamanho do seu polegar, ai nela deposite a cultura nova e sobre ela coloque um grão de ração para cachorros adultos (ou de gato, tanto faz). Use preferivelmente a ração simples, normal (sem aqueles grãos coloridos, ditos de vegetais). Falamos ração de cachorros adultos devido ao tamanho dessas serem maiores, o que facilita o manejo depois.

No inicio coloque somente um grão de ração sobre a cultura, não use mais que isso, sob o risco da ração mofar. Somente reponha outro grão quando esse for totalmente consumido pelos vermes, ou se aparecer outro foco de vermes no solo (o que certamente acontecerá).

Outra dica de criadores, é fazermos pequenos montículos no nosso solo (lógico usando o mesmo solo), de forma a termos alguns montículos como se fossem “meia bola de gude” espalhados pelo solo. Vermes de Grindal desovam muito mais em pequenas elevações do que em um solo plano. 

A cultura deverá se mantida levemente úmida (com o uso de um borrifador) mas nunca demasiadamente molhada. E sempre em lugar escura, pois os vermes de Grindal são fotófobos e não procriam na presença de luz.
Se dentro de 15 dias, não houver um aparecimento grande de vermes principalmente em torno dos grãos de ração, tente baixar um pouquinho o Ph do solo, usando bicarbonato de sódio misturado a ele.

Para coletá-los, podemos usar diversos artifícios, um palito ou algo parecido, um pincel, ou ate mesmo uma pinça. Na grande maioria dos casos, os vermes estarão em volta dos grãos de ração, facilitando muito sua coleta, com um palito, ou com uma pequena colherzinha (essas de plástico usadas em sorvetes, são ótimas!), pegue os vermes e os vá colocando em um copo com um pouco de água, ate ter ali a quantidade que ache suficiente para seus peixes, depois é só virar essa água dentro do aquário.

Uma cultura e vermes de Grindal, gera muitos vermes e pode duram muito tempo, mas dependendo da quantidade de peixes a ser alimentada, pode ser necessário mantermos mais de uma cultura, para não tirarmos muito de uma cultura só. Mas é lógico, essa regra é válida para qualquer cultura que estivermos mantendo.

Fontes de consulta e Créditos:
AQUA-SCOPE 
SPRINGHALE 
ELACUARISTA 
Todas as fotos foram gentilmente cedidas (direito de uso) por Roberto Petracini, ou são de domínio público e os desenhos são de autoria própria.